quarta-feira, março 28, 2007

O centro do meu mundo








Num dos seus romances ou crónicas, já não sei bem, António Lobo Antunes escreve que o centro do seu mundo é a cama antiga dos pais, na casa de Benfica. No JL de 17/Janeiro/07, esta ideia de centro do mundo que tanto me impressionou, volta a aparecer, numa Autobiografia de Francisco José Viegas: "O Pocinho é, ainda hoje, o centro do meu mundo, nesse retrato composto pelo rio, pelo vale rochoso e árido, pelo Vale Meão, pelas vinhas, pelo pequeno fio de choupos que acompanha as suas margens, pelas escarpas que sobem para Santo Amaro, para a Lousa (mais ao longe) e pelos amendoais abandonados que vão até Cedovim, onde também vivi."
Partilho com estes dois escritores esta necessidade referencial porque aquilo que sou, vive da memória de lugares. Não são lugares deslumbrantes mas também não são feios de todo. São lugares que visito amiúde porque são o centro do meu mundo (alguns estão nas foto acima).