terça-feira, novembro 07, 2006

Rumo ao Norte: Vila Real




Casa de Mateus e Sé de Vila Real (em baixo)
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Há muito que queria ir à Casa de Mateus. Como explicar isto? Quando se viaja, é frequente encontrar sítios inesperados, que nos surpreendem. Mas entrar finalmente numa realidade que até ali só era conhecida por muito nos depararmos com ela num livro ou no ecrã de um computador, é outra coisa, é o que fascina muitos viajantes. Basta atentarmos no exemplo dos museus: é à volta dos quadros mais reproduzidos que vemos mais gente a acotovelar-se, não é que esses quadros sejam melhores do que outros menos conhecidos, é porque naquele momento aquele quadro até ali longínquo e inacessível torna-se real, está ali, concreto, diante de nós. Pisar as pedras em Mateus, passear ao longo do seu espelho de água, tocar o cedro centenário, foi para mim ultrapassar (finalmente) a sensação de lonjura que sempre me provocaram as fotografias da Casa impressas num volume de História da Arte Portuguesa que para ali tenho guardado. Foi desvendar um mito.